8 de junho de 2007

7 DE SETEMBRO



Envolto por paredes,

A salvo da maldade,

A porta entre aberta,

Cheira-me a liberdade.


Sempre fui uma farsa,

Nunca me arrisquei,

Meus sonhos e desejos,

Nunca realizei.


Oportunidades e chances,

O vento levou,

Cacos de um homem,

Hoje é o que sou.


Sempre me escondendo,

A sombra de outros,

Nunca tive coragem,

De mostrar meu próprio rosto.


Mas não sou só eu,

Que vivo assim,

Muitos por aí,

São iguais a mim.


Por falta de vontade,

Ou até ignorância,

Parece um karma,

Nossa herança.

Henrique Alencar