2 de julho de 2007

ÀS VEZES TENHO MEDO


Quando o brilho em teus olhos apagar, você tentará relevar?
Quando o amor acabar, ainda sim, tentará continuar?
Quando o ar, não mais denso estar, terá graça respirar?
Quando a rosa não mais brotar, a roseira ainda irá regar?
Quando o sonho se realizar, ainda sim, desejará continuar?

Carente eu sou, de demonstrações de amor.
Não me procure, se não me suportas.

Não feche as janelas, se aberta deixas as portas!

Sentimental eu sou, ao ponto de me apaixonar.
Não me deseje, se amor não puder me dar.

Por que entras em minha casa, se nada queres levar?


Henrique Alencar